Corvette 1953 - Monogram - 1/25
Enviado: 10 Out 2015, 23:30
No início da década de 1950, os carros esportivos europeus faziam enorme sucesso no mundo inteiro com seus designs arrojados. Esses carros chegaram nos Estados Unidos quando os soldados americanos que haviam servido na Europa após a Segunda Guerra Mundial retornaram ao lar e muito trouxeram carros esportivos fabricados pela MG, Jaguar, Alfa Romeo e outros. Não existiam similares de fabricantes americanos. Um dos admiradores dos esportivos europeus era Harley Earl, que chefiava o departamento de design da General Motors naquela época.
Em 1951, a Nash Motors começou a vender nos Estados Unidos um carro esporte de dois lugares, o Nash-Healey, desenvolvido em conjunto com o designer italiano Pinin Farina e o engenheiro inglês Donald Healey, mas a produção era pequena. Nessa mesma época, a General Motors atravessava uma fase crítica, tendo sido superada em vendas pela Ford durantes dois anos consecutivos. Tom Keating, executivo-chefe da Chevrolet na época, viu a necessidade de se criar um novo carro, capaz de devolver a empresa ao topo. Nascia o Projeto Opel. Durante 1952, Harley Earl trabalhou juntamente com Ed Cole, engenheiro-chefe de motores da GM e Maurice Olley, especialista em chassis no protótipo EX-122.
O primeiro Corvette (que inicialmente deveria se chamar Korvette, referência à s pequenas e ágeis embarcações de escolta da marinha inglesa) foi apresentado em 17/01/1953 durante o General Motors Motorama, no Waldorf Astória, em Nova York, ainda como um carro-conceito. O carro era totalmente diferente dos padrões americanos: pequeno, baixo, com um visual limpo e esportivo, mas com toques de design americano como muitos cromados e as lanternas traseiras fixadas na ponta de pequenos “rabos-de-peixeâ€. Sua cor era branca e o interior revestido em couro vermelho:
O interesse despertado pelo carro levou a General Motors a improvisar uma linha de produção na fábrica antiga de caminhões localizada em Flint, no Michigan para iniciar imediatamente a fabricação. Assim, em 30/06/1953 o primeiro Corvette de série estava pronto. Foram produzidos naquele ano um total de 300 carros (dos quais, estima-se, existam hoje cerca de 225), todos eles na cor branca (Polo White), interior em couro vermelho (sportman red) e capota removível em preto.
A urgência na produção do novo carro fez com que sua carroceria fosse moldada em plástico reforçado com fibra de vidro (conhecido comercialmente como fiberglass) e seu utilizasse mecânica que já estivesse disponível. Assim, o motor foi um “blue flameâ€, que era um seis cilindros em linha, com 3.859 cm³, acoplado a uma transmissão automática de duas velocidades (Powerglide), produzindo 150 hp e atingindo a velocidade máxima de 170 Km/h. O desempenho do motor foi melhorado com um sistema de tripla carburação especialmente desenvolvido para o mesmo, mas o desempenho que não era ruim para os padrões da época, deixava a desejar em relação aos esportivos europeus em que se inspirara. Os freios a tambor nas quatro rodas e a suspensão, independente na frente e de eixo rígido na traseira vieram de outros carros da GM. Fazia falta, por exemplo, uma caixa de transmissão manual, como nos esportivos europeus, mas a Powerglide era a única caixa de câmbio disponivel que era compatível com o motor escolhido.
O preço de venda do Corvette era US$ 3.498 e tinha dois tipos de opcionais (que, no entanto, equiparam todos os carros produzidos): aquecedor (por US$ 91) e rádio AM com busca de sinal (US$ 145).
As vendas dos Corvette, no seu primeiro ano comercial por inteiro (1954), não foram excepcionais e decepcionaram nos anos seguintes e, por muito pouco, o Corvette não foi relegado a uma pequena nota de roda-pé na história. Três fatores influenciaram para que isso não acontecesse: (a) a chegada do imigrante russo Zoran Arkus Dantov na Divisão Corvette e o desenvolvimento que o mesmo impôs ao modelo e mesmo não tendo participado do projeto desde o início, ficou conhecido como o “pai†do Corvette; (b) o lançamento do Ford Thunderbird que, apesar de anunciado em outra categoria, era um concorrente real para o Corvette e a GM não queria demonstrar fraqueza retirando seu produto de linha e (c) o desenvolvimento (por influência de Arkus Dantov) de um motor V8 que gerava 195 cv, transformando o “anêmico†desempenho do Corvette em algo muito mais robusto, até mesmo excepcional na época.
Esse foi o início da história do Corvette, que hoje está na sua sétima geração (lançada em 2014) e se tornou um ícone da indústria automobilística mundial e símbolo de orgulho para os americanos.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:
Tipo: conversível, duas portas, dois lugares, motor dianteiro, tração traseira, chassis em aço e carroceria com estrutura em aço e fiberglass.
Comprimento: 4,24 metros
Largura: 1,84 metros
Altura: 1,30 metros
Motor: 6 cilindros em linha, 3.859 cm³, carburação tripla Carter, 150 hp, refrigerado à água (blue flame)
Transmissão: automática, de 2 velocidades (Powerglide)
Suspensão: independente (dianteira) e eixo rígido (traseira)
Freios: Ã tambor (dianteiros e traseiros)
Rodas: em aço 15 x 5 pol.
Pneus: 15 x 6 pol (dianteiros e traseiros)
Tanque de combustivel: 68 litros
Velocidade máxima: 175 Km/h
Aceleração: 0 Ã 100 Km em 11,0 segundos
Feita a apresentação, em breve começo a montagem do modelo, no qual tentarei ser o mais fiel possível ao original.
Um abraço !
Em 1951, a Nash Motors começou a vender nos Estados Unidos um carro esporte de dois lugares, o Nash-Healey, desenvolvido em conjunto com o designer italiano Pinin Farina e o engenheiro inglês Donald Healey, mas a produção era pequena. Nessa mesma época, a General Motors atravessava uma fase crítica, tendo sido superada em vendas pela Ford durantes dois anos consecutivos. Tom Keating, executivo-chefe da Chevrolet na época, viu a necessidade de se criar um novo carro, capaz de devolver a empresa ao topo. Nascia o Projeto Opel. Durante 1952, Harley Earl trabalhou juntamente com Ed Cole, engenheiro-chefe de motores da GM e Maurice Olley, especialista em chassis no protótipo EX-122.
O primeiro Corvette (que inicialmente deveria se chamar Korvette, referência à s pequenas e ágeis embarcações de escolta da marinha inglesa) foi apresentado em 17/01/1953 durante o General Motors Motorama, no Waldorf Astória, em Nova York, ainda como um carro-conceito. O carro era totalmente diferente dos padrões americanos: pequeno, baixo, com um visual limpo e esportivo, mas com toques de design americano como muitos cromados e as lanternas traseiras fixadas na ponta de pequenos “rabos-de-peixeâ€. Sua cor era branca e o interior revestido em couro vermelho:
O interesse despertado pelo carro levou a General Motors a improvisar uma linha de produção na fábrica antiga de caminhões localizada em Flint, no Michigan para iniciar imediatamente a fabricação. Assim, em 30/06/1953 o primeiro Corvette de série estava pronto. Foram produzidos naquele ano um total de 300 carros (dos quais, estima-se, existam hoje cerca de 225), todos eles na cor branca (Polo White), interior em couro vermelho (sportman red) e capota removível em preto.
A urgência na produção do novo carro fez com que sua carroceria fosse moldada em plástico reforçado com fibra de vidro (conhecido comercialmente como fiberglass) e seu utilizasse mecânica que já estivesse disponível. Assim, o motor foi um “blue flameâ€, que era um seis cilindros em linha, com 3.859 cm³, acoplado a uma transmissão automática de duas velocidades (Powerglide), produzindo 150 hp e atingindo a velocidade máxima de 170 Km/h. O desempenho do motor foi melhorado com um sistema de tripla carburação especialmente desenvolvido para o mesmo, mas o desempenho que não era ruim para os padrões da época, deixava a desejar em relação aos esportivos europeus em que se inspirara. Os freios a tambor nas quatro rodas e a suspensão, independente na frente e de eixo rígido na traseira vieram de outros carros da GM. Fazia falta, por exemplo, uma caixa de transmissão manual, como nos esportivos europeus, mas a Powerglide era a única caixa de câmbio disponivel que era compatível com o motor escolhido.
O preço de venda do Corvette era US$ 3.498 e tinha dois tipos de opcionais (que, no entanto, equiparam todos os carros produzidos): aquecedor (por US$ 91) e rádio AM com busca de sinal (US$ 145).
As vendas dos Corvette, no seu primeiro ano comercial por inteiro (1954), não foram excepcionais e decepcionaram nos anos seguintes e, por muito pouco, o Corvette não foi relegado a uma pequena nota de roda-pé na história. Três fatores influenciaram para que isso não acontecesse: (a) a chegada do imigrante russo Zoran Arkus Dantov na Divisão Corvette e o desenvolvimento que o mesmo impôs ao modelo e mesmo não tendo participado do projeto desde o início, ficou conhecido como o “pai†do Corvette; (b) o lançamento do Ford Thunderbird que, apesar de anunciado em outra categoria, era um concorrente real para o Corvette e a GM não queria demonstrar fraqueza retirando seu produto de linha e (c) o desenvolvimento (por influência de Arkus Dantov) de um motor V8 que gerava 195 cv, transformando o “anêmico†desempenho do Corvette em algo muito mais robusto, até mesmo excepcional na época.
Esse foi o início da história do Corvette, que hoje está na sua sétima geração (lançada em 2014) e se tornou um ícone da indústria automobilística mundial e símbolo de orgulho para os americanos.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS:
Tipo: conversível, duas portas, dois lugares, motor dianteiro, tração traseira, chassis em aço e carroceria com estrutura em aço e fiberglass.
Comprimento: 4,24 metros
Largura: 1,84 metros
Altura: 1,30 metros
Motor: 6 cilindros em linha, 3.859 cm³, carburação tripla Carter, 150 hp, refrigerado à água (blue flame)
Transmissão: automática, de 2 velocidades (Powerglide)
Suspensão: independente (dianteira) e eixo rígido (traseira)
Freios: Ã tambor (dianteiros e traseiros)
Rodas: em aço 15 x 5 pol.
Pneus: 15 x 6 pol (dianteiros e traseiros)
Tanque de combustivel: 68 litros
Velocidade máxima: 175 Km/h
Aceleração: 0 Ã 100 Km em 11,0 segundos
Feita a apresentação, em breve começo a montagem do modelo, no qual tentarei ser o mais fiel possível ao original.
Um abraço !
