Dando continuidade no trabalho, aproveitei meu dia de folga e fiz a maior alteração do kit, até o momento. O Kit vem, originalmente com uma torre de 20mm, que eu não irei utilizar nele. Vai pra outro projeto, mas é outra história!
Ele não vai perder a sua capacidade ofensiva, mas vai ficar mais "tático", e com alguma tranqueira em cima e nas laterais.
Ele estava originalmente assim:
Mas preciso colocar uma .50 no topo, então, tive que fazer o seguinte: Fazer o menor se adaptar no maior.
Entao, comeca a transformacao, colocando uma chapa de plasticard tapando a parte de cima, como uma segunda blindagem:
Apos inserida, marcamos o buraco inicial, e medimos a posição correta da nova abertura:
E como a posição de disparo deve ficar:
Abri o buraco com minha Dremel e foi barbada. Ficou bem direitinho e esqueci de tirar a foto. Ainda tem trabalho pela frente.
"Passamos os últimos dezessete dias parados, aguardando ordens que não vinham nunca. Quando o primeiro radio foi recebido, já não havia mais um Coronel de quem recebíamos as ordens. Era um Tenente, que pela voz parecia ter acabado de sair da academia e nem deveria ter conhecido um bordel na vida!
A informação que o Tenente nos passava informava que vários oficiais e soldados foram mortos quando a base foi invadida pelos "andarilhos". O Coronel foi um dos primeiros a virar refeição. Desta vez, as ordens foram simples: Aguardar novo contato!!! Que garotinho idiota! Vontade de chutar o rabo desse palerma!
Conversei com o grupo e propus dar uma incrementada no nosso equipamento. Então demos uma visitada em todos os quarteis da região, para ver o que podíamos pegar. Nossa Torre de 20mm ficou inutilizada, depois de termos disparado quase toda a munição nos andarilhos e em grupos de sobreviventes que queriam nosso material. Encontrei uma metalúrgica, onde o Cabo Silva disse que pode transformar nosso veiculo em um monstro do terror para estes cretinos! Cabo Silva disse que tem experiencia em metalurgia e trabalhos com metal, então ele recebeu a honra de trabalhar nesta mudança.
Patrulhamos a área ao redor da metalúrgica e destrocamos todos os andarilhos que achamos. Perdemos os Soldados Batista e Lins para os andarilhos e o Cabo Nogueira para um atirador, que considerei um inimigo a altura. Resolvi caçá-lo a moda antiga. Só com meu rifle, sai a noite, com o auxilio da escuridão e esperei o movimento dele. Foram cerca de 20 horas ate eu conseguir identificar o rastro dele. O cara é bom, mas eu sou melhor! Ele deve ter a idéia de que somos mercenários, e não Fuzileiros. Não demorou até que ele cometesse um erro: Ele deixou rastros até o covil dele!
Bastardo, filho da puta! Esperei algumas horas, mas esperei... Eu estava na posição de caçador e ele de caça... Ele saiu da toca, se espreguiçando todo. Achei que tinha tido uma boa noite de sono. Era sua última!
Fiz mira, corrigi a diferença do vento... Distancia de 87 metros, pelos meus cálculos. Impossível que eu errasse!
E não é que o cretino me viu e nem fez menção de se esconder ou de esquivar??? A cara de espanto e surpresa foi substituída por uma massa disforme, fruto do meu projétil .556, direto entre o nariz e o olho esquerdo. E veio a "nuvem rosa"...
Fiquei mais alguns minutos em posição, para ter certeza de que não havia mais ninguém por perto. Fui até o corpo e verifiquei que ele era um Segundo Sargento do Exército. Achei a farda e vi que ele era paraquedista. Tinha formação em guerra na selva. O que ele estava fazendo aqui?
Anotei o que encontrei, para o relatório ao comando, peguei o que dava e voltei para o perímetro do nosso grupo. Deixei o corpo do miserável pros cachorros ou andarilhos... Quem chegar primeiro, faz a festa."