
A seguir, um pequeno histórico da variante D-9 do Fw 190, e mais detalhes sobre o kit. Para ver o histórico mais completo sobre o Fw 190, veja este outro tópico: http://www.plastibrasil.com/viewtopic.p ... 41#p190041


Os P-47 estacionados ao fundo comprovam que esta é uma foto de um D-9 capturados pelos americanos, no final da WW II.
O Melhor da Série
Inicialmente visto como um substituto temporário pelo próprio Kurt Tank enquanto ele não completava o desenvolvimento daquele que seria o Ta152, o "D-9" acabou convencendo até os mais céticos de que era um adversário feroz até mesmo para o Mustang e o Spitfire.
Ele recebeu a designação "D" devido ao abandono das séries B e C, e o número "nove" decorre do fato de que ele sucedeu ao A-8, mas ficaria conhecido por todos na Luftwaffe simplesmente como "Dora-Nove". Já seus inimigos freqüentemente o chamavam de Nariz-Comprido (Long-Nose).

Equipado com um motor Junkers Jumo 213A, que possuía 12 cilindros em linha e era refrigerado à água por um radiador circular, o Dora-Nove utilizava a fuselagem básica do A-8, mas alongada para abrigar o novo motor; ao todo o comprimento do avião passou de 8,84m para 10,20m. Embora tenha feito seus primeiros vôos em meados de 1942, a versão definitiva somente chegaria à s primeiras unidades de combate em agosto de 1944.

A versão padrão do Dora-Nove – que se tornaria o melhor caça a pistão a ser entregue para a Luftwaffe – possuía dois canhões de 20 mm nas asas e duas metralhadoras de 13 mm no capô, tinha ainda capacidade de levar um suporte de bombas ETC504 (para artefatos de fragmentação). Seu motor alcançava 1.776 HP, e era equipado com uma injeção de água-metanol MW50 lhe permitindo a velocidade máxima de 704 Km/h a um teto de serviço máximo de 10.000 m.

Todas essas características o tornava o interceptador ideal. As primeiras unidades foram entregues ao III/JG 54 "Grünherz", baseados em Achmer. Sua primeira tarefa foi oferecer cobertura para os modernos caças Me 262 do Kommando Nowotny durante pousos e decolagens, momento em que os poderosos jatos eram mais vulneráveis. A primeira vitória creditada a um Dora-Nove foi em 06 de novembro de 1944, quando o Hauptmann Robert Weiss abateu um Spitfire. No início de 1945, em uma vã tentativa de parar o crescente po-derio aéreo aliado, os Dora-Nove também foram distri-buídos a outras unidades da Luftwaffe, entre as quais a JG 2 "Richthofen", a JG 3 "Udet", a JG 301 e a JV44. A maioria dessas unidades estavam sendo empregadas unicamente na Defesa do Reich. O Dora-Nove (assim como o Me 262) tinha a performance e o armamento necessários para serem bem sucedidos, contudo, a essa altura pouco podiam contribuir para o combalido Reich Alemão.

Várias outras variantes do Fw 190D foram fabricadas, mas muito poucas foram entregues à s linhas de frente. Entre estas, podemos citar:
D-11: caça de ataque ao solo equipado com um motor Jumo 213F incrementado e blindagem adicional. Era armado com um par de canhões MG151 (20 mm) nas semiasas e outro par de canhões MK108 (30 mm) nas asas.
D-12: Aeronave equipada com um motor Jumo 213F-1 dotado do sistema de injeção de água-meta-nol (MW 50). Possuía um par de MG151 nas asas e um MK108 disparando através do motor. A produção começou em janeiro de 1945.
D-12/R11: Interceptador para vôo em todas as condições de tempo, equipado com piloto-automático PKS12 e equipamento direcional FuG125. Utilizava um motor Jumo 213EB com sistema de injeção de água-metanol MW50. Essa versão alcançou status de produção e vários viram serviço na Defesa do Reich.
Três vistas do D-9
O Final da Guerra
Os Fw 190 continuaram voando até o último dia de guerra, 08 de maio de 1945, sendo que a última vitória atribuída a uma dessas aeronaves foi creditada ao Oberleutnant Gerhard Thyben da JG 54, que abateu um Pe-2 naquele dia, à s 7h54 da manhã, enquanto recuava da península de Kurland (Letônia) em direção a Kiel. Um final digno para aquele que foi o melhor caça a pistão da Luftwaffe durante a Segunda Guerra Mundial.

Entretanto, os franceses encontraram vários aparelhos em diversos estágios de produção em seu território, após o final da guerra. Um consórcio denominado SNCASO iniciou a fabricação da versão A-5, e até o final de 1946 havia entregue 64 unidades, que foram empregadas pela Força Aérea Francesa até quase o final da década de 40.

Dora 9 do Museu Nacional da Força Aérea dos Estados Unidos
Atualmente há um número razoável de Fw 190s preservados em museus da Europa e Estados Unidos, inclusive o D-13/R11 (W.Nr.836017) "10-amarelo" pilotado pelo Major e Ritterkreuzträger Franz Götz (1913 - 1980), o último Kommodore da JG 26, perfeitamente conservado em um museu norte-americano.

Ficha Técnica - Fw 190D-9
Motor:
Junkers Jumo 213A-1 V12 Ã água
Potência:
1.776 hp (decolagem)
1.600 hp a 5.500 m
2.240 hp ao nivel do mar (com MW50)
2.000 hp a 3.400 m (com MW50)
Dimensões:
Envergadura:...................................... 10,50 m
Comprimento:..................................... 10,20 m
Altura:................................................. 03,35 m
Pesos:
Vazio:.................................................. 3.500 kg
Máximo:............................................. 4.840 kg
Desempenho:
Vel. cruzeiro:......................................
Vel. máxima:...................................... 574 km/h (nivel do mar)
638 km/h (3.300 m)
685 km/h (6.600 m) 704 km/h c/ MW50
638 km/h (10.000 m)
Vel. ascensão:.................................... 2.000 m em 2.1 min
10.000 m em 16.8 min
Autonomia:......................................... 900 km
Teto serviço:...................................... 10.000 m
Armamento(s):
2 x MG151/20 nas semiasas
2 x MG131 de 13 mm sobre o capô
O Kit:
Não há muito o que dizer sobre a qualidade do kit: é Tamiya.


Muito bem detalhado e cuidadosamente injetado, sem falhas ou flashes perceptíveis.
Ficarei devendo as fotos das árvores, decais, etc...

No próximo post, o início dos trabalhos...

Até lá!
