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[Expositor]  EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Fórum dedicado aos modelos de Militaria que se encontram na linha de montagem.

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Rogerio Kocuka
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EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

ENGESA EE-9 CASCAVEL, EXÉRCITO BRASILEIRO - ELECTRIC PRODUCTS ESCALA 1/35

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O EE-9 Cascavel é uma Viatura Blindada de Reconhecimento (VBR) fabricada pela empresa brasileira Engenheiros Especializados S/A (Engesa). Ele foi projetado em 1970, como um substituto da velha frota de M8 Greyhounds no Exército Brasileiro. O Cascavel compartilha muitos componentes da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal (VBTP) EE-11 Urutu, também fabricado pela Engesa. Ambos entraram em produção em 1974 e agora são operados por mais de 20 países na América do Sul, África e Oriente Médio. Cerca de 2.767 Cascavéis e Urutus foram fabricados antes da Engesa encerrar suas atividades em 1993.


Histórico

Até o início da década de 1960, os contratos bilaterais de defesa entre o Brasil e os Estados Unidos asseguravam ao Brasil fácil acesso a equipamentos militares americanos excedentes, incluindo os veículos blindados M8 Greyhound da Segunda Guerra Mundial. A indústria armamentista brasileira limitou-se a restaurar e manter esse arsenal até 1964, quando os EUA impuseram restrições sobre a quantidade de tecnologia de defesa disponível para a exportação. O Brasil respondeu criando um programa de substituição da importação em 1968, destinado a reproduzir os equipamentos americanos em serviço. Em 1970, o Exército Brasileiro iniciou o desenvolvimento de um Greyhound atualizado conhecido simplesmente pelas suas iniciais, CRR (Carro de Reconhecimento sobre Rodas).
Em fins da década de 1960 o Exército Brasileiro estudava alternativas para a substituição de sua frota de blindados M-8 e estudos iniciais foram conduzidos pelos engenheiros do Parque Regional de Motomecanização da 2º Região Militar (PqRMM/2), culminando no projeto do VBB-1 4X4 (Viatura Blindada Brasileira), porém após exaustivos testes o Exército Brasileiro optou por um veículo 6X6 se valendo da excelente experiência obtida pelo emprego destes veículos na campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Especificações emitidas pela Diretoria de Motomecanização nortearam os trabalhos do PqRMM/2, gerando assim o mock up na escala 1/1 daquele que seria designado VBR-2 (Viatura Blindada Sobre Rodas - 2) portando torres originárias dos M-8 Greyhound. Com base neste, diversas modificações foram realizadas , incluindo a adoção de um novo sistema de suspensão (boomerang) criado pela Engesa. Cinco unidades pré-série foram construídas sendo equipadas com novas torres sendo estas agora uma versão modificada dos modelos M-3A1 Stuart, possuindo ainda um alongamento da parte traseira para acomodação do sistema de rádio.

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Fonte: http://www.lexicarbrasil.com.br/wp-cont ... -texto.jpg

Com o término dos testes e sua consequente aprovação uma nova designação foi criada para o mesmo, passando a ser denominado como Carro de Reconhecimento Médio (CRM), sua produção foi destinada à Engesa recebendo o nome comercial de EE-9 Cascavel. Sua configuração apresentava como armamento principal um canhão de 37 mm e duas metralhadoras .30. Esta versão conhecida como "Cascavel Magro" foi adotada pelo Exército Brasileiro em 1970 através da aquisição de 103 unidades. A adoção da versão MK III a partir de 1976 relegou os "Magros" a funções de treinamento e operações de segunda linha, sendo operados até fins de 1990.

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Fonte: http://www.lexicarbrasil.com.br/exercito/

A expectativa no potencial de exportação, levou a Engesa, a apresentar o projeto em 1973 ao Exército Português, que na época estava envolvido com a Guerra do Ultramar, travada em Angola, Moçambique e Guiné Bissau. O blindado foi bem recebido, mas ficou a clara a necessidade em se contar com um maior poder de fogo. A sugestão foi equipá-lo com a torre e o canhão (62F1 de 90 mm), da empresa francesa Sofma, porém as dimensões do carro não eram compatíveis com o novo armamento. A solução foi criar uma nova carcaça mais larga e comprida, dando origem assim ao modelo MK-II. Apesar de sofrer diversas alterações ao longo dos anos, principalmente no que tange a torre e ao canhão, essa versão maior se estabeleceu como o novo padrão do blindado, sendo produzida até as últimas unidades na versão Mk VII. No início de 1974, os primeiros EE-9 MK-II foram enviados a Portugal para testes, porém mudanças naquele conflito, determinaram a suspensão do processo de aquisição, diante deste contratempo a saída, foi a prospecção de novos clientes em potencial. A Engesa comercializou esse Cascavel fortemente modificado com transmissão automática e o mesmo canhão 90 mm de baixa-pressão do Panhard AML. Este modelo, destinado à exportação, atraiu o interesse de países do Médio Oriente e vinte foram adquiridos imediatamente pelo Catar.

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Fonte: http://www.lexicarbrasil.com.br/engesa/

A venda do Cascavel ao Catar se provou um grande sucesso para a Engesa e o primeiro sucesso do Brasil no comércio armamentista árabe. Abu Dhabi seguiu o exemplo com uma compra de duzentos Cascavéis em 1977. Ambos Iraque e Líbia escolheram o Cascavel ao invés das viaturas francesas Panhard AML-90 ou do ERC-90 Sagaie com os líbios negociando 400 milhões de dólares para a entrega de duzentos Cascavéis. Após a venda para a Líbia, a Engesa revelou um novo modelo de produção carregando um canhão Cockerill belga fabricado sob licença com o nome de EC-90 no Brasil.


Em combate

As Forças Armadas da Líbia usaram seus Cascavéis com êxito contra carros de combate egípcios (provavelmente T-54/55 ou T-62) durante a Guerra Líbia–Egito em 1977. Do ponto de vista operacional foi utilizada a rapidez do Cascavel, para cercar as tropas aerotransportadas egípcias com o superior poder de fogo dado pelos canhões de 90mm. Embora não haja dados concretos, no início de 2006 estimava-se que ainda estivessem ao serviço metade dos blindados adquiridos. Um dos problemas do Cascavel continua a ser a deficiente proteção do motor contra a areia do deserto.
Os Cascavéis líbios também entraram em ação no Chade, onde engajaram AML-90s da Legião Estrangeira Francesa e Fuzileiros Franceses. Um número desconhecido destes Cascavéis foi mais tarde doado para a Frente Polisário e Togo, enquanto outros permaneceram em serviço até a Guerra Civil Líbia de 2011. O Governo de Transição da Unidade Nacional (GUNT) do Chade recebeu cinco Cascavéis da Líbia em 1986. Durante o Conflito entre Chade e Líbia, 79 Cascavéis líbios foram apreendidos ou recuperados na Faixa de Aouzou pelas Forças Armadas de Chade, que continuam a mantê-los guardados em depósito.

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Fonte: http://www.tanks-encyclopedia.com/coldw ... scavel.php


Durante a Guerra Irã-Iraque, os Cascavéis foram operados por guarnições iraquianas perto do Golfo Pérsico. Os carros blindados foram frequentemente capazes de destruir tanques iranianos mais pesados e veículos de combate de infantaria no terreno plano e arenoso em que foram utilizados. Em 1991, durante a Operação Tempestade no Deserto, ataques aéreos da Coalizão destruíram vários Cascavéis ao norte da Cidade do Kuwait. Vários foram destruídos pelos norte-americanos também pela utilização táctica que os iraquianos deram ao veículo. Sendo essencialmente um carro de reconhecimento, ainda que poderosamente armado, ele tem a sua principal vantagem na sua elevada velocidade, que lhe permite romper o contato com o inimigo. Os iraquianos utilizaram o Cascavel como peça de artilharia fixa, enterrando o veículo. O objetivo dos iraquianos era o de proteger as laterais do Cascavel enterrando o veículo e oferecendo um alvo tão pequeno quanto possível. O Iraque também utilizou os Cascavéis restantes durante a Guerra do Golfo de 2003. Após a invasão do Iraque em 2003, os veículos remanescentes foram condenados à sucata; no entanto, os norte americanos fizeram a restauração de 35 deles em 2008 e os presenteou para o Novo Exército Iraquiano que os utiliza em operações de vigilância e manutenção da ordem.

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Fonte: http://www.longwarjournal.org/multimedia/78115.php


Zimbábue adquiriu noventa EE-9 Cascavel em 1984 como um substituto para o Eland Mk7. Pelo menos um esquadrão de Cascavel foi enviado a Moçambique durante a Guerra Civil Moçambicana para proteger as relações comerciais de Harare com a Província do Tete. Os Cascavéis forneceram escolta armada para os comboios e patrulharam as ruas para antecipar ataques de insurgentes da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Durante a intervenção de Zimbábue na Segunda Guerra do Congo, aviões Ilyushin Il-76 foram usados para o transporte aéreo de doze Cascavéis até o Aeroporto de N'djili. Após isso os veículos foram usados para engajar tropas ruandesas avançando em Kinshasha. Alguns deles foram abandonados por tropas zimbabuanas no Congo após serem sabotados durante o reparo, enquanto outros quatro foram capturados por facções rebeldes.

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Fonte: http://defence.pk/threads/african-armed-forces.293443/

Na Colômbia, durante a luta contra as FARC, os veículos brasileiros Urutu foram empregados como transporte de tropas enquanto o Cascavel como escolta de comboios civis que vinham sendo alvos freqüentes de ataques nas estradas do sul do país em região montanhosa e de florestas. Também foram empregados para atacar posições inimigas causando grandes baixas nas forças guerrilheiras com seu canhão de 90mm. A Colômbia adquiriu 123 Cascavéis que são usados em diversas missões, em especial em operações contra organizações insurgentes e terroristas. Este veículo serviu em diferentes teatros de operações. Ele foi fundamental na operação para a retomada do Palácio da Justiça, no ano de 1985 - que ao mesmo tempo tornou-se sua apresentação na sociedade - e na última década em um tempo quando o conflito se intensificou, foi o principal meio utilizado no desenvolvimento do Plano Meteoro que procurou - e conseguiu - eliminar a ameaça das principais vias nacionais de grupos guerrilheiros (bloqueios ilegais e abduções em massa). Tem sido também amplamente utilizado no curso de operações de contra-insurgência forte e prolongada em diferentes áreas rurais do território colombiano, em áreas montanhosas (incluindo apoio), bem como em áreas costeiras e arborizadas. E também é o principal meio de defesa da soberania nacional, sendo então localizados nas fronteiras do país.

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Fonte: http://www.colombia.com/actualidad/naci ... -de-estado


O trabalho de manutenção é realizado na Colômbia, recuperando inclusive veículos que foram alvos de ataques com armas do tipo RPG e minas colocadas como armadilhas nos barrancos laterais ao longo das estradas o que provocou pelo menos cinco baixas nessas viaturas, dos quais duas foram inteiramente perdidas, inclusive com a morte de toda a tripulação e as demais recuperadas, estando na ativa novamente. Atualmente, 119 estão em serviço (4 foram perdidos por IED, em operações de contra-insurgência).
Estes veículos foram submetidos a processos de atualização ou modernização de terceira e quarto escalões, mas apenas em cerca de 55 foi concluído o trabalho, que consistia dos seguintes:
- A proteção blindada foi atualizada com uma blindagem cerâmica monolítica, aumentando o peso total do veículo para 13,4 toneladas em combate.
- A transmissão original foi removida e substituída por uma Mercedes-Benz COH-DOK 390 6 X 6.
- O motor 6V-53N foi repotenciado atingindo 212 hp (seu pico a 2.800 rpm) e mantendo uma velocidade máxima de 100 km/h, também pode exceder encostas de 60% e inclinação lateral de 30%.
- Os tanques de combustível originais foram alterados por outros blindados com capacidade de 390 litros.
- Sistemas de visão noturna foram incorporados.
Estes programas de manutenção visam estender, em pelo menos uma década, a vida útil da viatura.

Também foram instalados novos telêmetros da marca Vectronix. Por meados de 2010 aproximadamente 80 veículos estavam com o novo telêmetro e foi assinado um contrato para adquirir e instalar equipamentos adicionais para mais 18. A instalação do equipamento não foi qualquer mudança física em veículos, como eles estão localizados no mesmo lugar onde eles estavam telêmetros antigos, no topo do Canyon. Em apenas um veículo - protótipo - novos sistemas de aquisição de alvo, desde a visada do dispositivo do LRF, a implementação de visores diurnos de tipo CCD e mira térmica, sensor de curso, Roll e Pitch - automação de movimentos do sistema torreta - estava adaptado e possivelmente (não confirmado) a adaptação de um novo sistema de controle de tiro.

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Fonte: http://www.brasilemdefesa.com/2014/01/e ... ngesa.html


O EE-9 Cascavel foi acolhido por muitos exércitos devido ao seu design simplificado e a utilização de componentes já onipresentes na indústria civil. Seu baixo custo quando comparado a outros veículos blindados ocidentais o torna uma compra atrativa, particularmente para nações em desenvolvimento. No auge da Guerra Fria, a natureza estritamente comercial das vendas da Engesa, desprovida de qualquer restrição política de fornecedores, também foi uma alternativa aceitável aos exércitos tanto da OTAN quanto do Pacto de Varsóvia.
Todos os EE-9 Cascavéis têm um layout semelhante: o motorista fica sentado à frente do veículo à esquerda, a torre fica no centro, com o motor e a transmissão na parte de trás. O Cascavel Mk II tem uma torre manual. O Cascavel Mk III é equipado com um canhão Engesa EC-90 de 90 mm que atira munições High Explosive (HE), High Explosive Anti-Tank (HEAT) ou High Explosive Squash Head (HESH). Uma metralhadora coaxial de 7.62 mm também é montada à esquerda do canhão. O EC-90 tem uma elevação de +15° e uma depressão de -8°. Ele não é estabilizado e possui um rudimentar sistema de controle ótico de fogo, que foi atualizado com um telêmetro laser no Brasil. Os últimos Cascavéis produzidos foram equipados com pneus run-flat e uma central reguladora de pressão dos pneus, acessível pelo compartimento do motorista.


Versões

• Cascavel Mk I: Popularmente conhecido como Cascavel Magro pelo pequeno anel da torre, esse foi o modelo de produção inicial da Engesa e entrou em serviço apenas com o Exército Brasileiro. Foi equipado com torre com canhão 37 mm e transmissão manual. Sua característica predominante foram seus dois conjuntos de pneus traseiros ligados por uma articulada suspensão Boomerang, o que contribuiu para a tração traseira.
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Fonte: http://www.warwheels.net/EE9ProtoIndex.html

• Cascavel Mk II: Popularmente apelidado de Cascavel Gordo pelo grande anel de sua torre, este foi o primeiro modelo de exportação da Engesa e entrou em serviço com o Catar, a Bolívia, o Chile e a Líbia. Era equipado com uma torre H-90 do Panhard AML-90 e transmissão automática.
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Fonte: http://www.brasilemdefesa.com/2014/01/e ... ngesa.html

• Cascavel Mk III: É um EE-9 Cascavel Mk II melhorado, com motor a diesel e uma torre produzida pela Engesa com o novo canhão EC-90 de 90 mm. Um protótipo antiaéreo carregando dois canhões automáticos de 25mm também foi testado, mas não foi aprovado.
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Fonte: https://sociedadeautomotiva.files.wordp ... /01/c2.jpg

• Cascavel Mk IV: Primeiro modelo de produção a ser equipado com o pneu run-flat e regulador da pressão do pneu. Também teve um sistema de controle de fogo mais integrado.
• Cascavel Mk V: Versão do EE-9 Cascavel Mk IV equipado com um motor a diesel Mercedes-Benz OM52A de 190 cv (142 kW). Essa foi a última variante oferecida pela Engesa para comércio.
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Fonte: http://www.brasilemdefesa.com/2014/01/e ... ngesa.html

• EE-9U Cascavel MX-8: Versão modernizada pela Equitron para o Exército Brasileiro e os demais usuários do Cascavel. É equipado com um motor MTU/Mercedes eletrônico de 300 cv (220 kW) com sobrealimentação mediante turbocompressor e intercooler. A suspensão boomerang recebeu melhorias no rendimento, o sistema de freio de disco é completamente novo e o desenho dos gases de escape do motor também, expulsando o ar para cima e não para trás, assim reduzindo a assinatura térmica do carro. Também possui sistema de ar condicionado para a tripulação. Integra visão noturna para o motorista e os sistemas de tiro. A torre recebeu o sistema eletro-hidráulico de rotação e elevação do tubo (back-up por sistema manual), além de também receber os sistemas de telêmetro laser, térmico e infravermelho da holandesa Orlaco, selecionados pelo comandante e/ou atirador através de um joystick e teclas associadas, e aumento da capacidade de munição na torre. Na parte externa, foram instalados dois lançadores de mísseis anti-carro (ATGM), que podem ser dimensionados para receber tanto sistemas como o MSS-1.2 (integrando o telêmetro laser do veículo) quanto mais sofisticados como o Attaka russo e o Spike israelense (com sistema autônomo de aquisição e guiagem de alvos).

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Fonte: https://cdn.defesaaereanaval.com.br/wp- ... avel-M.jpg


Sua produção total, incluindo todas as suas versões, alcançou a cifra de 1738 unidades, das quais o maior comprador foi o Exército Brasileiro, com 409 adquiridos, seguido da Líbia (400), do Iraque (364), Colômbia (128), Chipre (124), Chile (106), Zimbabwe (90), Equador (32), Paraguai (28), Bolívia (24), Uruguai (15), Gabão (12) e Suriname (6).


Emprego no Brasil

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No final da primeira metade da década de 1970, o Exército Brasileiro possuía em seus regimentos de cavalaria mecanizada, cerca de 112 Cascavel MK-I , e estava atento as demandas e exigências apresentadas por clientes externos da Engesa, os melhoramentos sugeridos como um novo canhão mais potente, novos equipamentos diretores de tiro , telêmetro laser e comunicação, se mostravam com importantes avanços a serem absorvidos pelo exército, desta maneira em 1974 , oito veículos da versão MKI pertencentes aos efetivos do exército foram entregues a Engesa para serem assim utilizados como protótipos, recebendo como principal mudança visual, a incorporação de um canhão belga Cockerill 90 mm, montado em uma nova torre nacional, nascia assim a a versão M2 Série 5 em 1977, após a finalização dos testes de aceitação e correções necessárias, foram encomendados 46 unidades. Ao longo dos anos de produção seriada, novos melhoramentos foram incorporados, gerando os veículos Modelo 2 Serie 7 em 1980 com 07 unidades, Modelo 6 nas séries 3, 4 e 5 com 37 unidades e finalmente o modelo 7 nas séries 8 e 9 com 215 unidades adquiridas. O Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil adquiriu também seis unidades que foram empregadas até de fins de 1990 , quando foram substituídos por novos blindados sob lagartas Sk105A2S Kürassier, mais indicados para operações de desembarque anfíbio.

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Cascavel do CFN.


Dotando atualmente todos os Regimentos e Esquadrões de Cavalaria Mecanizados, o Cascavel provê as forças em campo a agilidade e potencial de fogo no campo de batalha, chegando a pesar 13,4 toneladas, possui motor diesel Mercedes Benz, que lhe proporciona velocidade de até 100km/h com autonomia de de 750 km, como diferencial, apresenta tração nas 6 rodas com suspensão tipo boomerang, sendo possível montar seus pneus com câmaras tipo alveolar que lhe permite deslocamentos de até 50 km, mesmos vazios ou perfurados por projéteis. Tanto a Academia Militar das Agulhas Negras quanto a Escola de Sargentos das Armas empregam o Cascavel para a formação dos futuros Oficiais e Sargentos de Cavalaria, respectivamente.
No Exército Brasileiro foram empregados com sucesso também em missões de Paz (Contingentes da ONU), em Angola - UNAVEM III e Moçambique - ONUMOZ entre os anos de 1995 e 1997 sendo imersos em uma situação real de conflito de longa duração, fornecendo assim dados importantes sobre o desempenho do modelo.

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Desde 2001 o Arsenal de Guerra de São Paulo iniciou um processo de repotenciamento e modernização das unidades remanescentes, estendendo assim sua vida útil até a entrada em serviço de seu substituto, ainda em estudos, que possivelmente será baseado na VBTP MR Guarani.


Características

Fabricante: Engesa - Brasil
Tripulação: 3 (Comandante, Atirador e Motorista)
Quantidade produzida: 1.738
Variantes: 5
Comprimento: 5.2 m
Incluindo canhão: 6.2 m
Largura: 2.64 m
Altura: 2.68 m
Peso vazio: 10900Kg.
Peso preparado para combate: 13400Kg.
Sistema de tracção: Tração 6 X 6, Boomerang
Motor: Detroit Diesel 6V-53N 6cyl
Potência: 212 cv
Peso/potência: 19.449
Velocidade máxima: : 100 Km/h
Velocidade em terreno irregular: 75 Km/h
Tanque de combustível: 390 Litros
Autonomia máxima: 880Km

Armamento
1 canhão CM90 Mk.3 (Calibre: 90mm)
1 metralhadora MAG 7,62 milímetros (coaxial)
1 metralhadora MAG 7,62 milímetros (anti aérea). Em alguns países são usadas Metralhadora . 50 (12,7 mm)


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Fontes do texto

Wikipedia, em 29 Jan 1. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/EE-9_Cascavel
Cafe Modelismo, em 29 Jan 17. Disponível em: http://cafemodelismoforum.livreforum.co ... avel-37-mm
UFJF Defesa, em 29 Jan 1. Disponível em: http://www.ecsbdefesa.com.br/defesa/fts ... ADOSBR.pdf
Brasil em Defesa, em 29 Jan 17. Disponível em: http://www.brasilemdefesa.com/2014/01/e ... ngesa.html
Tanques y blindados.blogspot, em 30 Jan 17. Disponível em: http://tanquesyblindados.blogspot.com.b ... cavel.html
Armas Nacionais, em 29 Jan 17. Disponível em: http://armasnacionais.blogspot.com.br/2 ... ngesa.html
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Blackhawk
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Blackhawk »

Acompanhando aqui.

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odilsonbenzi
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por odilsonbenzi »

Acompanhando com certeza! AÇO!!!!!!

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Claudio Drago
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Claudio Drago »

Opa... tô olhando de perto.
Acho as máquinas da Engesa uma beleza.
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ESSE FINALZINHO DE ANO NUM TÁ FÁCIL...
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Ironfox »

Excelente introdução, como sempre Rogério!
Acompanhando com interesse

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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Blackhawk escreveu:Acompanhando aqui.

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odilsonbenzi escreveu:Acompanhando com certeza! AÇO!!!!!!

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Claudio Drago escreveu:Opa... tô olhando de perto.
Acho as máquinas da Engesa uma beleza.
Ironfox escreveu:Excelente introdução, como sempre Rogério!
Acompanhando com interesseImagem

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Muito obrigado por acompanharem.
Sejam bem vindos amigos.
Em breve posto mais novidades.
AÇO!!!

:thumbup: :thumbup: :thumbup: :thumbup:
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Saudações!
Sempre quis montar e ter uma VBR EE-9 Cascavel na coleção. O problema é que eu desconheço se existe algum kit dele em plástico na escala 1/35. Recentemente estive em Curitiba e encontrei um kit de resina desta máquina. Hesitei um pouco, até porque o outro único kit que montei em resina foi um AMX (A-1) da FAB. Entretanto como tenho mais horas de VBR que urubu de voo, não resisti e comprei o kit. Espero fazer um bom trabalho, e vou ter muito nesse kit, tendo em vista minha pouca experiência com kits de resina.
Vamos lá.

O kit

O kit é esse aqui da Electric Produtcs:

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O kit vem bem embalado em plástico e com plástico bolha para proteger as peças.

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O kit contem um manual de instruções bem simples, decais do Exército Brasileiro e pedaços de plasticard para confeccionar alguns itens.

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Peças do kit e um dry fit inicial:

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Com relação ao kit o que me chamou a atenção foi a aparente desproporção da torre em relação à couraça. Não sou nenhum contador de rebites, mas resolvi ajustar o tamanho da torre em comprimento para se adequar ao tamanho da couraça. Para isso usei plasticard para o trabalho. Inicialmente fiz um dry fit para testar.

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Lixei o aro da torre...

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... e colei o plasticard.

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Retirei algumas rebarbas da couraça com um estilete.

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Retirei um excesso de resina na couraça usando uma retífica e apliquei putty. Logo depois lixei as partes.

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Completei os espaços vazios da torre com mais plasticard...

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... e fiz mais um dry fit para testar o tamanho da torre com relação à couraça.

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Ironfox
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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Ironfox »

Paciência oriental heim Rogério?!
Ótimo trabalho até aqui!

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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por odilsonbenzi »

Show de bola

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Re: EE-9 CASCAVEL, EB - ELECTRIC PRODUCTS 1/35

Mensagem por Rogerio Kocuka »

Ironfox escreveu:Paciência oriental heim Rogério?!
Ótimo trabalho até aqui!Imagem

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odilsonbenzi escreveu:Show de bola

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Muito obrigado amigos!!!
:thumbup: :thumbup: :thumbup: :thumbup: :thumbup:
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